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entrevista the crown Peter Morgan

2/22/2017

 
O nascer de uma rainha

conversa com Peter Morgan para a revista Sábado (suplemento cultural GPS); novembro 2016. A série The Crown, entretanto, ganhou um Globo de Ouro!

É fascinado pela “mulher visível mais invisível do mundo” e, depois do filme A Rainha, Peter Morgan traz-nos o intenso início do reinado de Isabel II nos anos 1950 na principesca (em euros) série The Crown, que acaba de estrear no Netflix. O GPS falou com o guionista em Londres.
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“Sou um homem de paixões”. Peter Morgan, 53, não tem explicação para o facto de se dar bem com histórias onde há lutas pelo poder. Foi assim em O Último Rei da Escócia (2006), A Rainha (2006, que deu o Óscar a Helen Mirren), Frost/Nixon (2008), Maldito United (2009) e Rush – Duelo de Rivais (2013). Agora é o criador, produtor e único guionista da série The Crown, feita para a Netflix com um orçamento recorde estimado em 90 milhões de euros por 10 episódios.
O que o motivou? “Quando escrevi A Rainha, houve uma cena que me impressionou entre uma jovem rainha Isabel II e o Churchill. Era uma relação bizarra e surpreendente: a jovem mulher novata no poder e um Churchill frágil”. Da ideia para um filme acabou por chegar o convite da Netflix para uma série, ou melhor, “num filme de 10 horas”, já com ‘sequela’ a ser gravada.
Nas muitas palavras deste apaixonado pelo tema, The Crown é: “Uma saga de uma família, os Windsor, e que envolve duas instituições poderosas, Downing Street e Palácio de Buckingham, numa época de desafios constantes. Parece vindo da tragédia grega, os irmãos, as traições, a raiva, os tios, os amantes."
No centro da história está uma jovem Isabel “na infância do seu casamento”, interpretada por Claire Foy, escolhida entre “12 das melhores atrizes da sua geração”. “Esta é uma mulher que viu cair no seu colo um país” e, assim, aos 25 anos, “teve de perceber o seu papel como mulher casada, como rainha e de entender o país”. “Ela marca a história da segunda metade do século XX”.
 
Realeza, perto e longe
Peter Morgan não esconde o entusiasmo pela realeza. “Estão tão perto mas tão longe”. Se, por um lado, “a monarquia não faz sentido numa sociedade igualitária e moderna”, por outro “cerca de 80% dos britânicos revêem-se nela” e por vezes “são as coisas mais ilógicas que são as mais longas, duradouras e interessantes”.
Daí que o guionista veja na divisão bipartida dos Estados Unidos, com as eleições presidenciais, um exemplo de como a monarquia pode ser útil, como se viu no caso do “tolo Brexit”: “o facto da rainha ainda lá estar, de ser uma constante, tem sido importante no lado psicológico, de unidade e identidade nacional”.
O que o surpreendeu na pesquisa? “A maior revelação foi o Príncipe Filipe, quem ele foi e quem ele é. Não sabia que tinha sido de início um casamento por amor e que ele já tinha uma vida fascinante. Fiquei surpreendido por quão avançado o seu pensamento é mas também pela loucura das pessoas que os rodeiam e pelas coisas parvas que dizem”.
Outra das boas surpresas foi a inclusão do americano John Lithgow como Winston Churchill, uma sugestão “genial” da diretora de casting. “Depois de tantos atores ingleses terem tornado o papel aborrecido, ele trouxe algo de refrescante”.
A forte aposta da Netflix, que lhe deu liberdade total, permitiu não só dar grande qualidade visual, como “ser meticuloso nos processos, nos detalhes e na pós-produção, como se fosse um filme”. Daí que cerimónias como a da coroação tenham ficado visualmente épicas.
Ao mesmo tempo admite o cansaço de ter a seu cargo 10 horas de guiões. “É uma brutalidade tenebrosa fazer isto, fui escrevendo à medida que íamos gravando.” Algo que não irá repetir. Na próxima temporada, que começou agora a ser rodada, já está tudo escrito.
E haverá mais temporadas? Há interesse da Netflix, que estreou a série no dia 4 em 190 países em simultâneo, mas Morgan tem regras. “Só é para continuar se a série for amada a nível global. É muito trabalho e tem de valer a pena não só para mim mas para quem vê, tem de criar ressonância cultural”.

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