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um olhar sobre carros 'retro'

2/21/2017

 
Do povo ao 'premium'
​Artigo escrito para a Must (revista mensal do Negócios); Janeiro 2017.


Foram o primeiro carro de muitos, acessíveis, pequenos e verdadeiros carros do ‘povo’ do pós-II Grande Guerra, mas hoje são ‘retro’, maiores, mais caros e considerados ‘premium’. Falamos do Mini, VW Beetle e Fiat 500.

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Foi a 2 de setembro de 1945 que terminou a II Grande Guerra, precisamente seis anos e um dia depois de ter começado. A Alemanha nazi perdeu a guerra mas praticamente toda a Europa tinha cidades e estradas em ruínas depois dos muitos bombardeamentos e das batalhas.
Dos despojos da guerra foi da Alemanha e da França que surgiram os primeiros carros do povo. Tinham de ser pequenos, minimalistas, baratos, poupados e acessíveis a uma população com poucos meios. O carro do povo por excelência – era assim que era promovido –, o Volkswagen Beetle, surgiu na Alemanha nazi antes da guerra, em 1938, mas proliferou no pós-guerra e foi produzido até 2003, com mais de 21 milhões de unidades vendidas.
Logo no pós-guerra, em França surgia o bem sucedido Renault 4CV, um pequeno 4 portas, também ele de motor e tração traseira e que entre 1947 e 1961 vendeu um milhão de unidades. Pouco depois foi a vez de ser lançado em França uma das coqueluches francesas que se tornou ícone da sub-cultura dos anos 1960 e 1970. O Citroën 2CV já tinha motor e tração dianteira e entre 1948 e 1990 chegou a mais de oito milhões de lares.
A BMW –marca mais modesta na altura – seguiu a VW em 1957, ao lançar o Isetta 600 – o nome Isetta vinha de um fabricante de scooters italiano. Ambos eram modelos de tração traseira mas o Isetta era mais peculiar: com uma porta na frente do carro que dava acesso aos bancos, era chamado bubblecar.
Em Itália surgiu o famoso Fiat 500, com apenas 2m97 de comprimento, duas portas mas espaço para quatro ocupantes e seguia a tendência dos motores e tração traseira. A produção de 1957 a 1975 chegou a perto de cinco milhões de pessoas.
Dois anos depois de surgir o 500 foi a vez da Grã-Bretanha entrar nos carros do povo, com o Mini (inicialmente chama-se Austin Seven e Morris Mini-Minor) a aproveitar de forma notável os três metros de comprimento graças ao motor transversal e tração dianteira. Revelou-se ainda ágil, poupado e delicioso de conduzir. Aliás, envergonhou carros mais desportivos ganhando várias vezes o rali de Monte Carlo nos anos 1960. Ao longo dos 41 anos de produção, de 1959 a 2000, foram vendidos 5,3 milhões de Mini, tornando-o o carro britânico mais bem sucedido de sempre.
Na verdade, estes carros do povo não só deram às pessoas destes países o seu primeiro veículo, como se tornaram num dos motores económicos para a Europa.
 
Reinterpretação premium
Nem todos estes carros do povo, importantes na sua época, se tornaram ícones intemporais mas houve três que foram reinterpretados com algum sucesso para o século XXI. Curiosamente, todos eles são hoje automóveis premium na sua categoria em que os clientes têm de pagar mais pelo lado ‘retro’. O menos bem sucedido por precisamente o Volkswagen Beetle, lançado inicialmente em 1997 acabou por ser a versão descapotável a ser que mais pretendida embora o preço avultado e em 2012 surgiu uma nova geração com ar mais desportivo.
Seguiu-se em 2000 o novo Mini que, pela mão da BMW, cresceu em tamanho (3m63) mas manteve-se divertido de conduzir – com o chamado ‘go kart feeling’, sensações de kart – e com assinalável sucesso. De tal forma que hoje já há sete configuração diferentes de Mini, incluindo um crossover, três gerações e inúmeras edições especiais. Desde 2011 que a ‘nova’ Mini também tem uma versão de ralis que é mesmo a equipa mais bem sucedida nas últimas edições do Dakar.
Já a reinterpretação do Fiat 500, com 3m55, foi lançada em 2007 e tornou-se noutro fenómeno de vendas, dando origem a inúmeras versão especiais e duas outras configurações associadas ao estilo 500 (o monovolume 500L e o SUV 500X).
Todos eles apostam no design arrojado e ‘retro’ e estão longe de ser carros do povo. Quem os quer paga mais do que automóveis da mesma categoria e tamanho, precisamente pela história e pelo design.

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    prazeres da vida. tecnologia e comida. devaneios e divagações. bola e afins. trips, road trips e descobertas. by emot.

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